MENINO ZÉ ZEBRA
Era uma vez…
Um rapazinho ainda novo,
Sem idade para namorar,
Mas que andava apressado,
Ansioso por se apaixonar.
Este rapaz era uma
zebrinha,
No zoo muito bem instalada,
Conhecida por Menino Zé
Zebra
Um animalzinho de vida
airada.
Gostava muito de aventuras,
Queria o mundo descobrir,
Sair em grandes viagens.
Do zoo decidiu, um dia,
fugir.
Menino Zé Zebra lá foi,
Muito convencido, sim
senhor,
De que na sua aventura
Haveria de encontrar o
amor.
Foi percorrendo a cidade,
Sem mostrar temor de nada.
Enfrentou todos os perigos.
Que zebra mais arrojada!
De súbito, no meio do
trânsito infernal,
Quase sem poder atravessar,
Ouve um grito: Olha a passadeira!,
Que o fez num instante o
chão olhar.
O que viu ele? Coisa de
espantar!
Uma bela zebra no asfalto
pintada!
Uma passadeira para
atravessar,
Mas, aos seus olhos, uma
bela namorada.
Menino Zé Zebra ficou
fascinado.
Foi instantânea a paixão,
Em nada mais conseguia
pensar,
Sentiu acelerar-se o
coração.
Mas o coitadito teve pouca
sorte.
A mãe, que o tinha ido
procurar,
Agarrou-o por um braço,
Obrigando-o ao zoo
regressar.
- És muito novo, Zé Zebra!
Não passas de um rapazito.
Não tens idade para amores!
Ficou a zebrinha de coração
aflito,
Sem conseguir o choro
parar.
Ele que tanto queria
namorar
Com aquela linda zebra da
cidade,
Tão perfeita para ser o seu
par!
BORBOLETA
Borboleta que esvoaças no meu jardim,
Em doces acrobacias, tão serenas,
Baila… baila… baila só para mim,
Exibindo-te por entre as açucenas.
Do cravo, à margarida, ao jasmim…
De flor em flor, em voltas plenas…
Por entre tufos de alecrim….
Descreves danças tão amenas.
Flutuas, pelo ar, leve e formosa,
Como raio de luz, ao entardecer,
Que rasga o céu de milhares de cores.
Envolta no perfume de uma rosa,
Em tuas asas quero adormecer,
Ir contigo, borboleta, aonde fores.