Quando leio crio asas para viajar pelo mundo. Quando escrevo abro as asas do meu mundo.

sexta-feira, 19 de março de 2021

ÀS QUINTAS EU CONTO - 5ª Sessão

 

SESSÃO DE POESIA

Comemorativa do Dia Mundial da Poesia


Autores: Meninos do Pré-escolar do Paço, Alvarenga
Leitores: Meninos do Pré-escolar de Alvarenga

Pai Amigo

Amigo dá presentes

Presentes de amor

Amor do coração

Coração bate

Bate palmas

Palmas para o Pai


Autor: José Jorge Letria
Leitor: Duarte, 3ºC BU

O INDECISO

(do livro "O que eu quero ser")

Eu cá quero ser tudo
futebolista e arquiteto,
ator de cinema mudo,
é preciso é que dê certo.
 
No fundo, o que eu quero
é ser grande e bem depressa
porque isto de crescer
não pode ser só conversa.
 
Quero ser grande em altura
sem ter projeto nenhum
e quem sabe se hei de ser
piloto de Fórmula Um.
 
Também quero ser marinheiro,
alpinista e domador,
herói de banda desenhada,
alfarrabista e aviador.
 
Quero ser de tudo um pouco,
pois tenho imaginação
para acreditar que acordo
tendo o mundo na mão.
 
No fundo, quando eu for grande,
sem que isso seja um insulto,
o que eu acho que vou ser
afinal é mesmo adulto.


Autor: Fernando Pessoa
Leitores: Catarina (3ºA RO) e Rui (1ºA RO)

POEMA PIAL
Toda a gente quen tem as mão frias
Decve metê-las dentro das pias.
Pia número UM,
Para quem mexe as orelhas em jejum.
Pia número DOIS,
Para quem bebe bifes de bois.
Pia número TRÊS,
Para quem espirra só uma vez.
Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.
Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.
Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis.
Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.
Pia número OITO,
Para quem nozes quando é afoito.
Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.
Pia núumero DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.
E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!

HAVIA UM MENINO
Havia um menino
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.

Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinah o caracol dentro de um chapéu
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.

Por isso ele andava
depressa, depressa
p´ra vers e chegava
a casa e tirava
o tal caracol
do chapéu, saindo
de lá e caindo
 o tal caracol.
~
Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem v~e-lo, nerm tê-lo:
porque oc aracol
era do cabelo.


Autora: Ruth Rocha (autora lusófona, brasileira)
Leitoras: Duarte e Filipa, 3ºA RO

PESSOAS SÃO DIFERENTES
São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes...

Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a aoutra só us alentes.

Uma gostade gelados,
A outra gosta de quentes.
Um atem cabelos longos,
A outra corata eles rentes.

Não queira que sejam iguais,
 Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!


Autor: Oscar Wilde
Leitor: Maria do Rosário, 3ºA RO

Não quero adultos chatos.
Quero-os metade infãncia
E outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor
do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.


Autora: Luísa Ducla Soares
Leitores: Maria João e Tiago, 4ºA RO

    TUDO AO CONTRÁRIO
(Do livro "Poemas da Mentira e da Verdade)

O menino do contra
queria tudo ao contrário;
deitava os fatos na cama
e dormia no armário.

Das cascas dos ovos
fazia uma omelete;
para tomar banho
usava a retrete.

Andava, corria
de pernas para o ar;
se estava cvontente,
punha-se a chorar.

Molhava-se ao sol,
secava na chuva;
e em cada pé
usava uma luva.

Escrevia no lápis
com um papel;
achava salgado
o sabor do mel.

No dia dos anos
teve dois presentes;
um pente com velas
e um bolo com dentes.


Autora: Maria de Lurdes Duarte
Leitora: Maria de Lurdes Duarte

MENINO ZÉ ZEBRA

Era uma vez…


Um rapazinho ainda novo,

Sem idade para namorar,

Mas que andava apressado,

Ansioso por se apaixonar.


Este rapaz era uma zebrinha,

No zoo muito bem instalada,

Conhecida por Menino Zé Zebra

Um animalzinho de vida airada.

 

Gostava muito de aventuras,

Queria o mundo descobrir,

Sair em grandes viagens.

Do zoo decidiu, um dia, fugir.

 

Menino Zé Zebra lá foi,

Muito convencido, sim senhor,

De que na sua aventura

Haveria de encontrar o amor.

 

Foi percorrendo a cidade,

Sem mostrar temor de nada.

Enfrentou todos os perigos.

Que zebra mais arrojada!

 

De súbito, no meio do trânsito infernal,

Quase sem poder atravessar,

Ouve um grito: Olha a passadeira!,

Que o fez num instante o chão olhar.

 

O que viu ele? Coisa de espantar!

Uma bela zebra no asfalto pintada!

Uma passadeira para atravessar,

Mas, aos seus olhos, uma bela namorada.

 

 

Menino Zé Zebra ficou fascinado.

Foi instantânea a paixão,

Em nada mais conseguia pensar,

Sentiu acelerar-se o coração.

 

Mas o coitadito teve pouca sorte.

A mãe, que o tinha ido procurar,

Agarrou-o por um braço,

Obrigando-o ao zoo regressar.

 

- És muito novo, Zé Zebra!

Não passas de um rapazito.

Não tens idade para amores!

Ficou a zebrinha de coração aflito,

 

Sem conseguir o choro parar.

Ele que tanto queria namorar

Com aquela linda zebra da cidade,

Tão perfeita para ser o seu par!


BORBOLETA

Borboleta que esvoaças no meu jardim,
Em doces acrobacias, tão serenas,
Baila… baila… baila só para mim,
Exibindo-te por entre as açucenas.
 
Do cravo, à margarida, ao jasmim…
De flor em flor, em voltas plenas…
Por entre tufos de alecrim….
Descreves danças tão amenas.
 
Flutuas, pelo ar, leve e formosa,
Como raio de luz, ao entardecer,
Que rasga o céu de milhares de cores.
 
Envolta no perfume de uma rosa,
Em tuas asas quero adormecer,
Ir contigo, borboleta, aonde fores.

 
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. Linda a poesia na voz das nossas crianças e alunos!Honra ter uma autora entre nós! Uma digna homenagem à poesia.

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